quinta-feira, 10 de setembro de 2009

FINANÇAS NO VERMELHO, O QUE FAZER ?

Quando a empresa está com resultados financeiros insatisfatórios, representado normalmente pela falta de recursos para pagamento de fornecedores, impostos, etc, a maioria dos empresários tenta ajustar sua situação com algumas ações de alto risco, como:
- Redução do preço de venda;
- Demissão de funcionários;
- Troca de imóvel em função do valor do aluguel;
- Antecipação de receitas através de desconto bancário;
- Utilização de limites bancários;
- Empréstimos para capital de giro.
Essas medidas podem agravar a situação da empresa levando a:
- Endividamento incontrolável
- Fluxo de caixa ainda mais comprometido, em função de empréstimos realizados repetidamente e sem controle.
- Perda de clientes devido ao atendimento prejudicado e sem qualidade, comprometido pelo reduzido quadro de pessoal provavelmente desmotivado pelo medo da demissão, ou ainda pior, do fechamento da empresa.
Os fatores para que a empresa chegue a tal situação é o desconhecimento parcial ou total dos custos, fixos e variáveis, que acabam por afetar a formação dos preços de venda dos serviços e produtos oferecidos ao mercado, em função principalmente:
1 - A falta de controles que não propiciam o adequado cálculo das despesas de comercialização da organização possibilitando o surgimento de diversas incógnitas vitais ao negócio, por exemplo, o percentual de margem de contribuição.
2 - O inadequado posicionamento de seus preços frente aos seus concorrentes e no mercado onde pretende atuar.
Para iniciar os ajustes administrativos e financeiros necessários à recuperação da empresa, os administradores devem antes de qualquer coisa, revisar e refazer seus custos, seus preços e sua margem de contribuição.
Com esses novos parâmetros refazer seus Demonstrativos de Resultados e Fluxo de Caixa e, com os novos resultados, enquadrá-los em uma das situações apresentadas abaixo:
PARÂMETROS .............................Sem.....Baixo....Médio.....Alto
(Pos = Positivo/Neg = Negativo).Risco...Risco.....Risco.....Risco
Demonstrativo de Resultados.......Pos......Pos........Neg.......Neg
Fluxo de Caixa ................................Pos......Neg.......Pos........Neg
Sem-Risco: a empresa está controlada e, provavelmente, seus preços de venda estão adequados à realidade do negócio.
Baixo Risco: rever e ajustar o fluxo de caixa, pois provavelmente as despesas e receitas estão posicionadas em períodos distintos, prejudicando a possibilidade dos pagamentos ou a empresa tem compromissos não ligados diretamente às vendas tais como: Investimentos com parcelas acima de sua capacidade de pagamento ou ainda, dívidas anteriores que impactam diretamente no seu fluxo de caixa atual.
Médio Risco: apesar de existir dinheiro em caixa a empresa está com o lucro negativo, esta situação não deve permanecer por muito tempo. Provavelmente os preços de venda estão sendo elaborados de forma errada, ou os custos estão além da realidade atual da empresa.
Alto Risco: a empresa tem os problemas citados nos dois casos anteriores, e provavelmente, somado a eles o endividamento crescente e descontroles generalizados tanto administrativos como financeiros.
É evidente que uma empresa poderá sobreviver a uma situação de risco alto em um determinado mês ou até mesmo em um curto período, porém, não é aceitável que isso ocorra se não houver uma causa conhecida, ou até mesmo prevista, em função da sazonalidade de seus produtos, por exemplo. E, é em função dessa possibilidade que sugerimos elaborar os dois demonstrativos abrangendo um período mínimo de seis meses, sendo que, o ideal é analisar sempre dados relativos a um ano.
Reveja seus controles, analise seus concorrentes, recalcule os preços e bons lucros !!


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Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

PREÇO COMPETITIVO - QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

A dificuldade atual de formar preço de venda tem, a cada dia, levado o empresário a compreender a importância de ter a sua empresa sob total controle, afinal não são apenas seus custos, limites financeiros e operacionais que determinarão seus preços, mas, também os clientes, concorrentes e o mercado.
Os consumidores pagam um deter­minado preço com o objetivo de ter seus desejos ou necessidades atendidos e não para “pagar” os custos da empresa que os atendem.
O risco de se chegar ao preço de venda apenas considerando os custos é não alcançar um preço competitivo. Utilizando a antiga fórmula básica: Preço = Custo + Lucro, pode chegar a um valor que os clientes não podem ou não estão dispostos a pagar. Atualmente é preciso refazer a fórmula para: Lucro = Preço (mercado onde atuo) - Custos.
Uma empresa precisa ser lucrativa utilizando preços competitivos, ou seja, deve arcar com todos os custos e, ainda assim, obter lucro.
É evidente que não se pode descuidar dos custos variáveis: custo de aquisição, impostos, comissões, etc. Mas também dos indiretos, aqueles que não estão ligados diretamente à produção e à venda, tais como: aluguéis, pessoal da administração, Pro Labore, etc. Algumas empresas enfrentam dificuldades por entrar em um círculo vicioso. Seus preços não são competitivos porque seus custos indiretos são proporcionalmente altos por vender pequenas quantidades e as quantidades vendidas são pequenas por que seus custos indiretos são altos, tornando o preço pouco competitivo.
Um outro aspecto é que, se o lucro que você obtém não é sa­tisfatório, você deverá tomar, o quanto antes, algumas decisões: reduzir seus custos, buscar novos mercados ou até mesmo, parar de produzir ou comercializar um determinado produto ou serviço.
Você, empresário ou administrador, deve controlar seus custos, analisar seus clientes potenciais sem perder de vista seus competidores com o objetivo de melhorar sua competitividade, aumentando assim, sua eficiência e transfor­mando suas vendas em lucro.

Sivaldo Dal-Ry
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