quinta-feira, 2 de abril de 2009

FINANÇAS EMPRESARIAIS - COMO MANTÊ-LAS SAUDÁVEIS

Para sermos realistas não existe uma receita para manter a saúde financeira de uma empresa em boas condições. Na realidade o que podemos, e devemos fazer, é adotar práticas de gestão, que comecem com um planejamento de médio e longo prazo, com objetivos e planos de ação, abrangendo toda a empresa e um orçamento realista e executável como ponto principal.
Não podemos nos esquecer de um sistema de apropriação de custos que é uma ferramenta importante para monitorar a saúde financeira. O acompanhamento desta área, através de indicadores específicos de cada negócio, deve orientar as ações, determinando que investimentos possam ser feitos, ou mesmo descontinuar algum produto ou serviço que apresentem baixa rentabilidade e/ou aceitação pelo mercado.
Apesar de tudo, alguns problemas sempre são encontrados nas empresas, principalmente naquelas que preferem não conviver com inovações e mudanças, já que se consideram eternamente bem-sucedidas e são adeptas do "aqui sempre foi assim!". Essas organizações quase sempre citam seu histórico de sucesso, fechando as possibilidades para novas idéias. È sabido, porém que o mercado está em constante mutação e a concorrência, se modernizando e se tornando, também, bem-sucedida e, na maior parte das vezes, de uma forma que a empresa ainda não vislumbrou.
Sempre há aqueles que dizem: “usamos a mesma abordagem há anos e, como ela funcionou no passado, dará certo agora”, ou “entendemos os nossos clientes e há anos sabemos o que eles querem”. Não podemos esquecer que, para nos perpetuarmos no mercado, é óbvio que temos que conhecer o nosso cliente, mas não podemos ficar sempre com a mesma receita de produção.
Outro problema para as empresas é a questão de não ter um foco definido para as ações de mercado. Em geral, as organizações não têm um norte para orientar as estratégias de venda. Um exemplo disso são os produtos que possuem baixas margens, que, muitas vezes, continuam sendo oferecidos apenas para privilegiar o faturamento em detrimento do resultado.
Além de todos esses problemas, temos que considerar também aqueles relacionados à visão de curto prazo – sempre se olha à posição diária do caixa e deixa-se de lado o resultado a médio e de longo prazo – e a pouca ou nenhuma atenção aos custos - ou seja, convive-se com as despesas sem analisá-las detidamente e, quando se resolve cortar custos, faz-se de forma indiscriminada, sem atingir os objetivos desejados. Como para tudo tem solução, não seria neste caso que não teria. No curto prazo, devem ser levantados os custos diretos e indiretos, além de exercer um controle mais efetivo sobre os mesmos; rever os principais processos internos e identificar os custos envolvidos em cada atividade; estabelecer metas e objetivos visando à redução dos mesmos; e envolver os colaboradores nesta tarefa. Também é um ponto importante analisar as vendas, quantificá-las por categoria de produto/serviço, rever as margens operacionais e reorientar os esforços nos itens mais rentáveis.
Para o médio prazo, a primeira providência a ser tomada é revisar as informações sobre o mercado, volumes de vendas, produtos/serviços, receitas, custos, concorrência, tendências, e partir para um planejamento que permita a melhor decisão sobre os rumos dos negócios.
O mais importante de tudo, em qualquer momento da empresa, é sempre estar próximo de seus clientes, ouvi-los e estabelecer uma estratégia para fidelização e conquista dos mesmos. Estas são as chaves para o pleno sucesso e perenidade da empresa.
Utiliza-as com sabedoria e bons negócios.

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial

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