domingo, 22 de abril de 2012
PROJETANDO O FUTURO DA EMPRESA
A TIRANIA DOS IMPOSTOS
Em 1700, Portugal impôs ao Brasil o “quinto”, correspondente à arrecadação de 1/5 de todo o ouro extraído. Entretanto, nos últimos 30 anos do século 18, com a decadência da mineração e a consequente diminuição do volume arrecadado, as autoridades portuguesas passaram a exigir o mínimo de 100 arrobas (1.470 kg) anuais de ouro, como quinto.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
DICAS PARA VOCÊ GUARDAR DINHEIRO
Você gasta tudo o que recebe e ainda sobre mês no fim do salário ? Não consegue juntar um tostão para realizar seus sonhos? Veja a seguir o que pode lhe ajudar a poupar dinheiro todos os meses.
1. Identifique claramente qual é sua renda líquida. Por exº se você é assalariado lembre-se que existem descontos, INSS, IRRF, Vale Transporte, Vale Refeição, etc..., se você é empresário ou autônomo, lembre-se que sua renda é variável.
2. Identifique seus gastos. O primeiro passo é saber exatamente para onde vai o dinheiro.
3. Corte os custos supérfluos de modo que tenha uma folga para aplicar ou pagar dívidas.
3. Defina quanto quer poupar e aplique assim que receber. Se deixar para guardar o que sobra, nunca vai começar.
4. Estabeleça e priorize seus objetivos. Eles são o estímulo para manter a disciplina financeira.
5. Salvo objetos de alto valor como casa, aguarde algum tempo, reserve o dinheiro e compre à vista. Peça, e obtenha desconto, você tem direito.
6. Pesquise preços, especialmente quando se trata de um bem de valor elevado.
7. Não utilize o limite do cheque especial e do pagamento mínimo do cartão de crédito. Os juros são exorbitantes!
8. Cuidado com os pequenos gastos. Eles arrasam seu orçamento sem que você perceba. Um lanche aqui, uma bijuteria acolá parece inofensivo, mas, somados, podem significar um bom dinheiro.
9. Não espere ter um aumento de receita para investir. O segredo é adaptar seu padrão de vida àquilo que recebe.
10. Reserve algum dinheiro para diversão. Mas procure alternativas de lazer mais em conta - uma pizza com os amigos em casa pode ser tão divertido quanto ir ao restaurante. E sai bem mais barato.
E o principalmente, identificadas as receitas e as despesas mensais coloque em primeiro lugar o valor que você escolheu poupar para alcançar seus sonhos. Deixar para guardar o que sobra acaba em frustração, pois, normalmente, não sobra nada.
Faça seus registros, identifique e priorize seus objetivos, e bom proveito.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Custos - Cortar ou Reduzir?
A maioria dos empresários quer reduzir custos. Mas, ao analisarmos as atitudes tomadas por eles constatamos que, na realidade, estão cortando os custos.
Isso acontece porque pouca gente sabe efetivamente reduzir custos. E isso é uma tarefa difícil e muitas vezes ingrata de ser feita. Já cortar custos, por sua vez é mais fácil e de resultados imediatos, embora não adequados.
Cortar custos é fácil, pois normalmente se estabelece um valor financeiro ou percentual para se aplicar sobre um determinado orçamento.
Já, para reduzir custo, é necessário um estudo detalhado dos custos, sua proporcionalidade no desempenho dentro do custo operacional da empresa e o impacto que cada redução ocasionará na rentabilidade da empresa.
Por não identificar claramente essa diferença, muitas empresas acabam fracassando em seu objetivo de reduzir custos porque preferem cortar quando deveriam reduzir seus custos.
Para iniciar um programa de redução de custos é necessário ter os conhecimentos específicos para analisar e discernir o que deve ser cortado e o que deve ser reduzido. É também imprescindível conhecer, detalhadamente, o composto dos custos empresariais.
Outro fator negativo é o imediatismo dos gestores das empresas. Muitos fracassam na redução de custos por querer resultados imediatos para problemas, na maioria das vezes, antigos.
Então como saber se está se cortando ou reduzindo os custos empresariais ?
Independentemente da semelhança dos termos, podemos dizer que cortar custos é estabelecer um valor ou percentual de forma linear sobre todos os itens ou grupo de itens dos custos. Por outro lado, reduzir custos é a aplicação criteriosa de valores ou percentuais diferentes sobre os diversos itens do composto de custos.
É evidente que optar em cortar, por exemplo 10% sobre todos os custos da empresa é muito mais simples e mais fácil de aplicar, mas, é preciso saber que não se está implantando um programa eficaz de redução de custos.
Para se reduzir custos com eficiência deve-se conhecer detalhadamente cada produto ou grupo de produtos, para então tomar, entre outras, as seguintes atitudes:
a) verificar itens em que seja possível aplicar um redutor sem perda da qualidade;
b) verificar processos buscando melhoria de produtividade;
c) fazer ou refazer treinamento de pessoal;
d) rever a logística de compras e armazenamento;
e) adequar o fluxo econômico e financeiro da empresa...
Portanto antes de iniciar um processo de redução de custos na sua empresa, analise criteriosamente o seu composto de custos e elabore um estudo capaz de lhe mostrar como e quais são os itens que podem ser reduzidos e com isso melhorar a lucratividade de sua empresa.
Revise e identifique claramente seus custos, elabore um programa para redução e bons lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
O FUTURO DA EMPRESA
Em artigos anteriores analisamos como o empresário deve acompanhar o desempenho financeiro da sua empresa através da elaboração de vários demonstrativos e indicadores. Mas, é indispensável projetar a empresa no futuro, os empresários também devem elaborar o que ficou conhecido como projeção de resultados. Isso nada mais é que formular estimativas de quanto espera vender, gastar e, conseqüentemente, ganhar nos próximos meses ou anos. Para elaborar esta projeção deve considerar não apenas o passado da sua empresa, mas também o impacto de possíveis mudanças na economia (aumento ou queda da inflação, dos juros, entrada de novos concorrentes nacionais e internacionais, etc.).
Controles ajudam elaboração de projeções
O desempenho operacional passado da empresa deve ser acompanhado através dos controles de vendas e resultados anteriores que são extremamente importantes para ajudar o empresário na elaboração da projeção de resultado. Ela ajuda a evitar, por exemplo, que os empresários cometam o erro de subestimar os custos associados a um possível aumento nas vendas. Muitas vezes, para conseguir aumentar as vendas torna-se indispensável o investimento em máquinas novas, contratação de novos funcionários etc. Com a projeção pode-se analisar o aumento da margem de contribuição do aumento nas vendas, ou seja, o quanto do aumento do faturamento restou após a dedução dos gastos necessários para garantir esse aumento. Com essa informação poder-se-á decidir se a expansão é, ou não, positiva para a empresa. Em alguns casos, depois de deduzidos os custos adicionais (contratação de funcionários, compra de máquinas, gastos com financiamentos, etc) incorridos para o aumento de vendas, chega-se à conclusão de que não vale a pena, pois é preciso injetar mais dinheiro na empresa. Assim as projeções também permitem que o empresário consiga planejar quanto irá precisar levantar de empréstimos, ou de recursos próprios.
Cuidados na hora de projetar resultados
Mas o aspecto mais importante da projeção é que, através da análise dos indicadores obtidos dos resultados projetados, poderá avaliar se ela está muito otimista. Em outras palavras, se ao projetar os resultados da sua empresa, e derivar os respectivos indicadores financeiros, obtiver resultados muito acima daqueles registrados pela sua empresa até então isto pode ser um sinal de que suas projeções foram muito otimistas.
Abaixo alguns cuidados que devem ser levados em consideração na hora de elaborar suas projeções.
Vendas (em termos de volume)
A projeção deve ser resultado da capacidade de produção e de venda da empresa, mas, principalmente do potencial de mercado. Estime uma taxa de crescimento para o setor como um todo, e, com base nisto, o potencial de mercado e a participação da sua empresa nele. É importante considerar também a sazonalidade das vendas, ou seja, aumentos ou quedas das vendas em determinados períodos do ano. Um exemplo de produto em que as vendas são sazonais é o sorvete, cujas vendas no verão tendem a ser muito superiores às vendas em outras épocas do ano. Não se esqueça de levar em conta as projeções de crescimento da economia, lembrando que, na hora de projetar o volume de vendas, o melhor é adotar uma postura conservadora. Portanto, nada de projetar ganhos excessivos de participação de mercado por parte da sua empresa, especialmente se no seu planejamento financeiro esses ganhos não forem compensados por investimentos na área de produção (compra de novas máquinas, contratação de pessoal, etc) e/ou vendas (investimentos em marketing). Excesso de otimismo quanto ao potencial de crescimento do setor também deve ser evitado. Por exemplo, se você acredita que o setor em que a sua empresa atua deve crescer muito acima do projetado para a economia, lembre-se que, nesse caso, é provável que o bom desempenho do setor atraia novos concorrentes. Esses, ao entrarem no mercado, normalmente forçam uma redução nas margens da empresa, seja através da redução do preço de venda, ou aumento das despesas com marketing e vendas.
Custos fixos e variáveis
A projeção deve levar em conta tanto os custos fixos quanto os variáveis da empresa. Um erro comum ao se elaborar uma projeção financeira, é o de considerar apenas o aumento dos custos variáveis, mas não o de custos fixos. É bem verdade que, na teoria, os custos fixos não se alteram com o aumento da produção, mas existem exceções. Esse é o caso, por exemplo, do aluguel, que apesar de ser um custo fixo, pode aumentar se, para expandir a produção, você contratar mais pessoas, e for forçado a alugar ou construir um imóvel maior. Tente identificar todos os custos adicionais que irá ter caso as vendas aumentem. Um erro comum é considerar que o próprio aumento das receitas irá conseguir cobrir esses custos adicionais, mas isto não é necessariamente verdade, especialmente quando a expansão das vendas implica na necessidade de se fazer investimentos fixos adicionais, em máquinas, equipamentos etc. Nesse caso, é preciso levantar empréstimos e o custo desse financiamento deve estar incluído na projeção de vendas. Feito isto, você poderá estimar o custo do produto por unidade, o que deve incluir tanto os custos diretos, de produção, vendas e prestação de serviços, como outras despesas operacionais que a empresa precisa incorrer para a venda do produto.
Formação de preço
Uma das tarefas mais difíceis ao elaborar uma projeção de resultado é a determinação do preço de venda dos produtos. De maneira geral, o preço de venda deve refletir três componentes distintos: o custo do produto, o custo de venda do produto e a margem de contribuição.
Margem de contribuição
Enquanto os dois primeiros componentes são facilmente determinados, a margem vai depender da presença da empresa no mercado, da competitividade do setor em que a empresa atua, da sensibilidade do mercado consumidor aos preços, e, porque não, dos objetivos da empresa. Afinal, se a intenção for ganhar rapidamente presença de mercado, pode optar pela redução da parcela referente à sua margem, para conseguir oferecer preços mais baixos do que a concorrência. Assim, o preço de venda de um determinado produto ou serviço pode variar significativamente, dependendo do objetivo da empresa, que pode ser de penetrar o mercado como um todo, atingir segmentos específicos do mercado, recuperar o caixa, maximizar lucro, promover uma determinada linha de produtos, ou, simplesmente, eliminar a concorrência.
Estrutura de custos e formação de preços
Em algumas situações específicas, a empresa poder determinar um preço que não cubra sequer a soma dos custos de produção e de venda do produto, porém, esse tipo de situação é insustentável no longo prazo. Afinal, nenhuma empresa consegue manter as portas abertas por muito tempo se vender seus produtos a um preço inferior ao que gasta para produzi-los e vendê-los. Com base nisso, fica fácil entender a importância da estrutura de custos da empresa no processo de determinação de preços de venda competitivos. Apesar disto, muitas empresas não apuram seus custos e despesas de maneira precisa e assim não conseguem separar os componentes do preço de venda (custo de produção, custo de venda e margem).
Investindo nos produtos que dão retorno
O grande problema, nesse caso, é que o empresário pode acabar praticando um preço de venda inferior à soma dos custos de produção e de venda do produto, de forma que a margem não é suficiente cobrir os custos fixos e garantir o retorno do investimento. Além disto, ao não conseguir identificar a margem de cada um dos seus produtos, a empresa terá dificuldade na alocação de recursos, podendo optar por um maior esforço de vendas em produtos de menor rentabilidade. O desconhecimento dos componentes do preço de venda de um produto ou serviço com certeza em algum momento irá prejudicar a rentabilidade da empresa, e até mesmo ameaçar a sua estabilidade financeira.
Importância do mercado na definição do preço
Não se pode esquecer que em uma economia de mercado quem define o preço é o próprio mercado. Portanto, se o preço de mercado para o produto ou serviço prestado pela sua empresa for menor do que a soma dos custos de produção e venda do mesmo, ou seja, a margem for negativa, está na hora de rever a estrutura de custos desse produto. Assim pode ser dito que a análise da formação de preço de venda permite, em última instância, que o empresário decida se vale ou não a pena persistir na manutenção de um determinado produto ou serviço.
Necessidades de capital
Um erro bastante comum entre os empresários, no que se refere à projeção de resultados, é não projetar, ou subestimar, as necessidades de capital de giro. Muitas vezes incluem-se as necessidades de investimento em infra-estrutura, como compra de máquinas e equipamentos, aumento ou renovação de instalações, etc, mas se esquece de verificar o impacto sobre o capital de giro da empresa. È indispensável avaliar o total de recursos necessários para financiar as atividades operacionais da empresa, o que inclui a compra de matéria-prima, ou mercadorias, o financiamento de clientes através de vendas a prazo, etc. Não se esqueça que o aumento ou redução do prazo de vendas, do prazo de pagamento dos fornecedores ou da rotação de estoques, tem implicações diretas no total de recursos necessários para garantir o funcionamento operacional da sua empresa.
Se após elaborar sua projeção de resultados, o empresário constatar que irá precisar de recursos adicionais, então muito provavelmente terá que recorrer a um empréstimo. Isto é particularmente verdade entre os micro e pequeno empresários, que, não contando com recursos próprios para investir na empresa, não têm outra alternativa a não ser levantar empréstimo para garantir o crescimento da empresa e, às vezes, investem todo capital próprio em investimentos e quando surge a necessidade de capital de giro recorrem a financiamentos que tem taxas de juros extremamente desfavoráveis e comprometem significativamente os resultados da empresa.
Boa projeção e bons lucros
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43 9109-5345
Londrina - PR
segunda-feira, 18 de julho de 2011
FLUXO DE CAIXA - FINANÇAS SOB CONTROLE
Estudos para comprovar a viabilidade de um futuro negócio não são o bastante para afirmar que ele será também saudável financeiramente. O empresário deve estar atento para os controles básicos que vão ajudá-lo a saber se os objetivos estão sendo atingidos, se a empresa continua viável e qual é a melhor hora para investir ou retrair sua participação no mercado.
Uma ferramenta indispensável no dia-a-dia de qualquer empresa é o Fluxo de Caixa. O controle do fluxo de caixa, embora pareça complicado, na verdade não o é. O segredo do Fluxo de Caixa é prever o giro dos recursos da empresa sem interrupção. Aquilo que se investiu em mercadorias para revenda ou matéria prima deve ser transformado em recursos para a empresa através da venda. A continuidade desse ciclo permite a empresa reinvestir em novas compras. Se a venda for com prazos muito longos é possível que faltem recursos para investir em matéria prima ou mercadorias para revenda e, conseqüentemente, as vendas diminuem ou, pior ainda, param.
A falta do planejamento faz com que muitos empresários recorram a empréstimos bancários - limite de cheque especial, empréstimos de curto prazo, desconto de duplicatas e cheques – como alternativa de restabelecer seu fluxo de caixa. Esses empréstimos têm um custo adicional, normalmente elevado, e com isso a lucratividade diminui ou até mesmo fica negativa ocasionando prejuízo.
Para prevenir e evitar esses fatos basta a elaboração de uma projeção de entradas e saídas de recursos para os próximos 60 a 90 dias, bem como a previsão das vendas e recebimentos da empresa. É interessante montar uma planilha ou tabela anotando os valores previstos e os efetivamente realizados, essa duplicidade de dados, previstos e realizados, é um interessante banco de dados para ajustar as próximas previsões. A comparação, dia a dia, dos dados permite visualizar as dificuldades de fluxo de caixa no período. Essa antecipação permite a execução de algumas ações preventivas antes que um grande problema se instale e prejudique o crédito da empresa.
Se o sistema de registros da sua empresa não tem essa ferramenta de fluxo de caixa você pode, com uma planilha em Excel prepará-la e visualizar, antecipadamente, qualquer dificuldade financeira no futuro próximo.
Caso não tenha um modelo disponível envie uma mensagem solicitando que terei o maior prazer disponibilizar, sem nenhum ônus ou vínculo, uma para sua empresa.
Mãos à obra e bons negócios.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
dalryconsultor@gmail.com
43 9109-5345
Londrina - PR