terça-feira, 23 de junho de 2009

A COBRANÇA COMO FERRAMENTA DO FLUXO DE CAIXA

Nestes dias, em especial, o fluxo de dinheiro é vital para qualquer empresa. O aperto monetário, fruto da crise, tem praticamente obrigado as empresas a optarem pela concessão de crédito como forma de aumentar e/ou manter suas vendas.
Infelizmente o que temos visto na grande maioria delas, é que, pouco ou nenhum treinamento, tem sido investido nas pessoas que controlam e efetuam a cobrança de forma a manter o fluxo financeiro adequado. Frequentemente, é deixado que essas pessoas, através do processo de tentativa/erro/tentativa, desenvolvam seus recursos e implementem um programa buscando gerar o fluxo de dinheiro necessário. A constatação, na maioria dos casos, é que: ou não se recebe na quantidade e velocidade necessárias, ou, ainda pior, afugenta-se os clientes com um processo agressivo na busca da recuperação de valores.
O trabalho do departamento de cobrança, um departamento um pouco desvalorizado, às vezes até pelos seus integrantes, é indispensável para que a operação diária dos negócios de toda a comunidade comercial funcione adequadamente. Por sua vez, se retirarmos as operações que são realizadas através da concessão de créditos, a economia global simplesmente seria reduzida a menos de um terço.
Os encarregados de cobrança têm sob sua responsabilidade recuperar os valores disponibilizados aos clientes no prazo convencionado e preveni-la contra a falta de caixa que muitas empresas sentem.
A equipe comercial é constituída por pessoas que devem interagir bem para que elas possam ser mais produtivas e suas empresas, mais lucrativas. Devemos ter em mente que os devedores ainda assim são clientes, e que eles podem, e devem, ser reabilitados para que a empresa mantenha seu principal valor : sua carteira de clientes.
O setor de cobrança não é apenas responsável por cobrar clientes em mora, o que estimula o fluxo de dinheiro atual, mas também é uma das mais importantes peças da empresa no departamento de contas a receber e, especialmente, no desempenho de futuras vendas.
Devemos ter presente que, pior do que não vender é vender e não receber, e que, se é certo que más cobranças são a certeza de maus resultados, nem sempre boas cobranças são certeza de bons resultados.
O DEPARTAMENTO DE COBRANÇA E O FLUXO DE CAIXA
A possibilidade de uma empresa em pagar suas contas, desenvolver novos produtos, construir novas instalações e expandir sua posição no mercado está diretamente legada à capacidade dos funcionários que administram seus ativos. Efetuando um bom gerenciamento das contas a receber, eles influem diretamente o fluxo de caixa e, conseqüentemente, na rentabilidade da empresa.
Os cobradores devem ter sempre uma postura profissional. Preferencialmente devem seguir uma metodologia de cobrança sem deixar de ser amigáveis e, em especial, nunca ser arrogantes ou duros em demasia com os clientes, nem mesmo com aqueles que desafiam abertamente suas habilidades e posição. O envolvimento emocional em situações de cobrança, com certeza prejudicará a produtividade. A principal ação do departamento de cobrança é baseada em gerenciar problemas. Partindo desse pressuposto fica mais fácil lidar com as pressões do dia-a-dia.
RELACIONAMENTO ENTRE VENDAS E COBRANÇA
O departamento de cobrança deve ser considerado uma seqüência das vendas. Algumas empresas são tão departamentalizadas que cada um deles vê os outros departamentos a sua volta como adversários que só lhe trazem problemas. Na grande maioria das empresas encontramos muito dessa animosidade entre os departamentos de vendas e o de cobrança. Normalmente estabelecem suas metas sem alinhamento e às vezes até de forma antagônica.
Por uma questão até segmentação de planejamento esquecem que cada um representa um passo em um processo contínuo. Nenhum é mais importante do que o outro. No momento em que os dois departamentos não estejam trabalhando seqüencialmente por uma causa comum, a empresa, como um todo, é quem perde.
O cobrador é como um vendedor que, em sua função, compete com outros credores pelo primeiro dinheiro disponível do cliente. Os objetivos do cobrador são os mesmos do vendedor. Ele deve “vender” ao cliente a idéia de efetuar o pagamento da dívida no prazo convencionado, ou o mais rapidamente possível após o vencimento. Através de sua ação pontual ele deve “convencer” o cliente a efetuar o pagamento regularmente.
O departamento de cobrança é uma extensão do departamento de vendas. Costumamos afirmar que uma boa cobrança inicia por um bom processo de concessão de crédito no momento da venda. Assim a cobrança é uma parte importante do processo de venda, porque tem uma forte influência, não só na decisão de compra potencial, como também na continuidade das mesmas e na manutenção do cliente, pois estão permanentemente vendendo a imagem do credor.
Algumas empresas, de forma inovadora, tem comissionado aqueles que são responsáveis pela geração de caixa, ou seja, nas vendas que geram liquidez normal com pagamento no prazo convencionado, o vendedor é comissionado, e, nas vendas cuja liquidez só acontece com a intervenção do departamento de cobrança, este é comissionado, em detrimento e penalização da comissão da área comercial.
O cobrador exerce uma função sensível na empresa. As táticas usadas para cobrar contas vencidas não tem reflexo apenas no fluxo atual de caixa, mas nas vendas e, conseqüentemente nos lucros dos períodos que virão. O cobrador normalmente negocia com os clientes em uma situação especial, assim sua abordagem e suas ações tem influência ímpar no fato de eles voltarem ou não a comprar. Os bons cobradores devem estar em sintonia com a política de vendas da empresa e devem utilizar a mesma psicologia e empatia que o vendedor, mas com o objetivo principal de motivar o devedor a pagar a dívida.
Em épocas como as atuais, onde a escassez de recursos financeiros é um dos principais problemas a serem administrados nenhuma empresa pode deixar em segundo plano a organização de seu setor de cobranças, pois somente com ações pontuais e rotinas eficientes o fluxo de entradas dos créditos concedidos retornará dentro do prazo convencionado com os clientes.
Temos que ter presente que o devedor pagará primeiro aquele que melhor e mais prontamente efetuar a cobrança.
Boas cobranças e bons lucros !!!


Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
dalryconsultor@gmail.com.br
DAL RY Assessoria, Consultoria & Treinamento
43 9109-5345
Londrina - Pr

terça-feira, 9 de junho de 2009

PRODUTIVIDADE X ESTRESSE FINANCEIRO

Você, empresário ou administrador de uma empresa, já percebeu como a produtividade de alguns funcionários é significativamente menor que a de outros ?
Uma pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) revela que empregados com problemas financeiros são os que apresentam maiores índices de faltas, atrasos e problemas de produtividade. Além, é claro, de serem os eternos descontentes com o salário recebido, mesmo quando no setor existam outros funcionários, com salários às vezes até menores, que não apresentam os mesmos problemas.
Ainda de acordo com o estudo, os endividados recorrem mais à chefia para abonarem suas faltas do que aqueles com a vida financeira mais organizada, cerca de 34,6 vezes contra 14,6, respectivamente.
Essas pessoas faltam mais porque precisam renegociar dívidas, tomar empréstimos e quando estão exercendo sua função, estão preocupadas em como irão quitar esses novos compromissos provocando distrações e, consequentemente, problemas na execução de tarefas.
Uma forma de resolver, ou ao menos amenizar, o problema é a empresa investir algum tempo e recursos de forma a proporcionar alguns princípios de educação financeira que ajudem seus colaboradores a consumir de forma consciente.
Como qualquer processo, isso exige disciplina e uma mudança rígida no comportamento de consumo do trabalhador, a começar pela adoção de medidas simples, como elaborar orçamento, evitar compras a prazo e cortar gastos desnecessários.
Um programa que envolva todos os funcionários da empresa com palestras, treinamentos e acompanhamento individualizado, nos casos mais graves, pode trazer muitos benefícios, aos colaboradores e à empresa de uma forma geral. Afinal o resultado da empresa é a somatória da produtividade de cada um de seus funcionários.
Pense nisso e bons lucros


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Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
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quinta-feira, 4 de junho de 2009

DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL, O QUE É, COMO E POR QUE FAZER

O QUE É ? – Assim como na vida pessoal, na vida empresarial é indispensável que, anualmente, façamos um check-up. O diagnóstico é um instrumento para levantar todos os aspectos da empresa, vendas, estoques, processos produtivos, estrutura de custos, ações de marketing, posicionamento mercadológico, posições financeiras. Esses levantamentos e avaliações devem compor uma série histórica para comparativo interno, com os dados anteriores da empresa, e externo, dentro do setor onde ela atua. Seu principal objetivo é identificar, através de questionamentos objetivos, dificuldades e oportunidades para que a empresa possa crescer e desenvolver, quando ela está equilibrada ou, recuperar-se e equilibrar-se, quando está com déficit, seja ele financeiro, de lucratividade ou ainda ambos.
COMO FAZER ? – Como qualquer diagnóstico inicia respondendo, de forma imparcial, a algumas perguntas; Que poderia ter feito a empresa ? Que pode fazer a empresa ? Que quer fazer a empresa ? Que deverá fazer a empresa ? Tenho realmente vontade de agir ? Intervenções visando modificar certas atividades serão rentáveis no curto prazo ? O clima da empresa admite tal intervenção ? E quanto ao longo prazo, o que fazer ? Com as respostas e frente aos levantamentos efetuados traçar metas, objetivos e prazos de execução.
POR QUE FAZER ? - A finalidade principal é responder a questões colocar em evidência qualquer desarmonia entre as estruturas da empresa ou entre a empresa e a realidade do mercado onde está inserida. O diagnóstico é um instrumento indispensável de gestão, uma técnica gerencial de primeira ordem, mesmo que a empresa apresente resultados satisfatórios. Neste caso, as decisões poderão ser mais importantes, porque poderão melhorar os resultados de uma empresa lucrativa. Em resumo, quando tudo vai mal, não fazer nada é a pior solução. O diagnóstico é o instrumento que apresenta uma visão global e dinâmica da empresa e que define um roteiro geral ao processo de decisão. É um procedimento que possibilita ao empresário obter uma visão clara, simples e precisa do conjunto do seu negócio. Não se adota aqui soluções já prontas, empacotadas ou milagrosas. Para apontar diretrizes, o diagnóstico prevê uma abordagem direta, profunda e eficaz, adequada ao objetivo a ser alcançado. Objetivo este que é levantar os pontos fortes e fracos da empresa em todos os seus aspectos. Os pontos fortes serão explorados ao máximo; os pontos fracos serão elencados com causas e sugestões de correção.
A decisão de implementar ações deve ser cuidadosamente pesada. O diagnóstico, então, terá cumprido suas finalidades: identificar os problemas, determinar suas causas, avaliar os recursos humanos e suas qualificações e ajudá-lo a implantar as soluções encontradas.
Lembre-se: sempre é tempo de avaliar e reavaliar sua empresa. A pior atitude é nada fazer, pois, quem para é ultrapassado por quem continuamente atualiza-se.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
dalryconsultor@gmail.com.br
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