quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

5 INDICADORES QUE MONITORAM SUAS FINANÇAS


Muitas vezes ao longo de nossa atividade como Consultor Empresarial fomos chamados por empresários preocupados com as finanças de sua empresa, pois, segundo eles, “está faltando dinheiro e é preciso arrumar as finanças”. A primeira questão que levantamos é de que, nem sempre, falta de dinheiro é um problema das finanças na empresa, as causas podem ser diversas e, na maioria das vezes, é um conjunto de problemas não identificados claramente. Elencamos cinco itens que auxiliam no monitoramento das finanças de sua empresa.
1.      Vendas estagnadas ou em queda.
Avaliando as vendas de um ano para o outro verificamos que houve uma estagnação ou mesmo queda e, neste aspecto, é preciso considerar o quesito quantidade e valor, pois, eventuais alterações de preço podem mascarar essa questão. Identificada essa questão é preciso avaliar se isso acontece em todo o seu setor ou é característica apenas da sua empresa. Outro aspecto a considerar é o ciclo de vida do seu produto, eventualmente ele atingiu sua maturidade e começa a declinar.
2.      Estoques inadequados.
Estoque é dinheiro e só traz benefícios para a empresa se girar. É indispensável que seja efetuada a identificação de um estoque máximo e mínimo, de acordo com a especificidade de cada produto, pois, a falta de produtos ocasiona perda de vendas e excesso compromete as finanças.
3.      Falta de capital de giro e endividamento.
Na grande maioria das pequenas e médias empresas é grande a dificuldade em efetuar o cálculo do capital de giro. O capital de giro é indispensável para suprir o caixa da empresa durante o espaço de tempo entre pagar os fornecedores e receber dos clientes, e infelizmente muitos tem dificuldade em realizar esse planejamento, o que leva a recorrer a empréstimos de curto prazo como o cheque especial, antecipação contínua de recebíveis, que tem juros mais altos. Embora varie de acordo com o setor de atuação da empresa o endividamento saudável para a empresa não deve ultrapassar 60% de sua receita média.
4.      Aumento na inadimplência.
Os atrasos no recebimento de clientes devem ser considerados e calculados no capital de giro. Se o mercado e a concorrência tornarem isso possível, para tentar reverter os prejuízos é interessante acrescentar de 1% a 2% na formação do preço de venda como previsão para inadimplência. Outra questão é que, a grande maioria das empresas não possui uma Política de Concessão de Crédito e de Cobrança definida. Lembramos que a boa cobrança começa em uma boa concessão de crédito.
5.      Quedas na produtividade e na rentabilidade.
Neste aspecto a primeira questão é a implantação desses índices. Poucas pequenas e médias empresas fazem este acompanhamento Não existe um percentual fixo esperado de rentabilidade em uma empresa, mas, alguns parâmetros devem ser observados. Um comparativo é o custo de oportunidade, ou seja, o retorno na empresa deve ser maior do que a poupança, no mínimo. Do contrário, é mais vantajoso aplicar esse dinheiro do que ter o trabalho de gerenciar uma empresa. É preciso também ter em mente que quanto maior o risco, maior deve ser o retorno.

Naturalmente estes não são os únicos indicadores possíveis de se monitorar, mas, através deles é possível identificar e corrigir os rumos da empresa antes da ampliação das dificuldades.
Comece ou aprimore o cálculo de seus indicadores, preste atenção e ganhe tempo para reverter a situação a seu favor.

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial em Finanças e Custos
Londrina - PR

Preço de Venda na Indústria


Uma dúvida constante do empresário, principalmente na indústria é: será que podemos calcular nosso preço de venda apenas a partir de nossos custos internos? Com certeza, a resposta a essa pergunta é não, mas, sempre fica um certo desconforto. Com a facilidade dos nossos clientes pesquisarem preços e comparando qualidade, tanto dos produtos quanto do atendimento, essa definição está cada dia mais ligada ao preço de mercado. Ainda assim, é indispensável estabelecermos os preços calculados através dos custos, mas, é preciso ter a consciência de que esse cálculo servirá como um referencial para comparação com o mercado. Com essa constatação a apuração dos custos deve ser a mais técnica possível e nos dará um parâmetro para avaliarmos se nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos e, até definir, se estamos aptos a atuar nesse segmento.
            Para definirmos o preço de venda de produtos industrializados necessitamos conhecer os custos de produção e as despesas da empresa. Para tanto, vamos identificar e esclarecer alguns termos utilizados.
            Custo: é todo o esforço – gasto – realizado para se chegar ao produto final. Por exemplo: gastos com matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta e materiais de consumo utilizados no processo produtivo.
            Custos diretos: são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos e que possuem medida clara e objetiva. Seus valores e quantidades em relação ao produto são facilmente identificados. Por exemplo: matérias-primas e embalagens.
            Custos indiretos: são aqueles que não se identificam com os produtos, portanto, não oferecem condição de medida clara e objetiva em relação ao produto e necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos. Por exemplo: salários de supervisores, lubrificantes, EPIs, entre outros.
            Despesa: é todo o gasto realizado para o funcionamento da empresa, independente da produção. Por exemplo: despesas administrativas – salários administrativos, aluguel, luz, água, telefone, contador, pró-labore, etc. –, despesas comerciais – impostos sobre vendas, salários comerciais, comissões, publicidade, etc.
            Custos/despesas variáveis: são aquelas que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas. Por exemplo: matérias-primas, impostos sobre vendas, comissões, etc.
Custos/despesas fixas: são aqueles que independem do volume de produção ou vendas. Por exemplo: salários administrativos, aluguel, contador, pró-labore, etc.
            Lucro desejável: o lucro representa a remuneração do capital investido na empresa. Normalmente, é calculado com percentual superior às aplicações financeiras disponíveis no mercado de baixo risco. Assim, como todo negócio envolve riscos, deve-se esperar uma taxa de retorno maior. Para o cálculo do preço de venda através de fórmulas, esse percentual sobre o investimento é convertido em um percentual sobre o faturamento.
            Margem de contribuição: significa o valor ou percentual do preço de venda com que cada produto contribui para a absorção das despesas fixas, depois de deduzidos todos os custos e despesas variáveis.
            Ponto de equilíbrio: representa o momento em que o faturamento da empresa cobre todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas não gerou nenhum lucro.
            Estes são apenas alguns aspectos que devem ser analisados ao estabelecer-se uma Política de Preços para uma empresa industrial.
            Analise e melhore seus controles, elimine desperdícios, calcule seu preço e bons lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43 9109-5345
Londrina - PR