Muitas vezes ao longo de nossa
atividade como Consultor Empresarial fomos chamados por empresários preocupados
com as finanças de sua empresa, pois, segundo eles, “está faltando dinheiro e é
preciso arrumar as finanças”. A primeira questão que levantamos é de que, nem
sempre, falta de dinheiro é um problema das finanças na empresa, as causas
podem ser diversas e, na maioria das vezes, é um conjunto de problemas não
identificados claramente. Elencamos cinco itens que auxiliam no monitoramento
das finanças de sua empresa.
1. Vendas estagnadas ou em queda.
Avaliando as vendas de um ano para o
outro verificamos que houve uma estagnação ou mesmo queda e, neste aspecto, é
preciso considerar o quesito quantidade e valor, pois, eventuais alterações de
preço podem mascarar essa questão. Identificada essa questão é preciso avaliar
se isso acontece em todo o seu setor ou é característica apenas da sua empresa.
Outro aspecto a considerar é o ciclo de vida do seu produto, eventualmente ele
atingiu sua maturidade e começa a declinar.
2. Estoques inadequados.
Estoque é dinheiro e só traz benefícios
para a empresa se girar. É indispensável que seja efetuada a identificação de
um estoque máximo e mínimo, de acordo com a especificidade de cada produto,
pois, a falta de produtos ocasiona perda de vendas e excesso compromete as
finanças.
3. Falta de capital de giro e endividamento.
Na grande maioria das pequenas e
médias empresas é grande a dificuldade em efetuar o cálculo do capital de giro.
O capital de giro é indispensável para suprir o caixa da empresa durante o espaço
de tempo entre pagar os fornecedores e receber dos clientes, e infelizmente
muitos tem dificuldade em realizar esse planejamento, o que leva a recorrer a
empréstimos de curto prazo como o cheque especial, antecipação contínua de recebíveis,
que tem juros mais altos. Embora varie de acordo com o setor de atuação da
empresa o endividamento saudável para a empresa não deve ultrapassar 60% de sua
receita média.
4. Aumento na inadimplência.
Os atrasos no recebimento de clientes
devem ser considerados e calculados no capital de giro. Se o mercado e a
concorrência tornarem isso possível, para tentar reverter os prejuízos é
interessante acrescentar de 1% a 2% na formação do preço de venda como previsão
para inadimplência. Outra questão é que, a grande maioria das empresas não
possui uma Política de Concessão de Crédito e de Cobrança definida. Lembramos
que a boa cobrança começa em uma boa concessão de crédito.
5. Quedas na produtividade e na rentabilidade.
Neste aspecto a primeira questão é a
implantação desses índices. Poucas pequenas e médias empresas fazem este acompanhamento
Não existe um percentual fixo esperado de rentabilidade em uma empresa, mas,
alguns parâmetros devem ser observados. Um comparativo é o custo de
oportunidade, ou seja, o retorno na empresa deve ser maior do que a poupança,
no mínimo. Do contrário, é mais vantajoso aplicar esse dinheiro do que ter o
trabalho de gerenciar uma empresa. É preciso também ter em mente que quanto
maior o risco, maior deve ser o retorno.
Naturalmente estes não são os únicos
indicadores possíveis de se monitorar, mas, através deles é possível
identificar e corrigir os rumos da empresa antes da ampliação das dificuldades.
Comece ou aprimore o cálculo de seus
indicadores, preste atenção e ganhe tempo para reverter a situação a seu favor.
Sivaldo
Dal-Ry
Consultor
Empresarial em Finanças e Custos
Londrina
- PR
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