Uma dúvida constante do empresário,
principalmente na indústria é: será que podemos calcular nosso preço de venda apenas
a partir de nossos custos internos? Com certeza, a resposta a essa pergunta é
não, mas, sempre fica um certo desconforto. Com a facilidade dos nossos
clientes pesquisarem preços e comparando qualidade, tanto dos produtos quanto
do atendimento, essa definição está cada dia mais ligada ao preço de mercado. Ainda
assim, é indispensável estabelecermos os preços calculados através dos custos,
mas, é preciso ter a consciência de que esse cálculo servirá como um
referencial para comparação com o mercado. Com essa constatação a apuração dos
custos deve ser a mais técnica possível e nos dará um parâmetro para avaliarmos
se nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos e, até definir, se
estamos aptos a atuar nesse segmento.
Para
definirmos o preço de venda de produtos industrializados necessitamos conhecer
os custos de produção e as despesas da empresa. Para tanto, vamos identificar e
esclarecer alguns termos utilizados.
Custo: é todo o esforço – gasto –
realizado para se chegar ao produto final. Por exemplo: gastos com matérias-primas,
embalagens, mão-de-obra direta e materiais de consumo utilizados no processo
produtivo.
Custos diretos: são aqueles que podem
ser diretamente apropriados aos produtos e que possuem medida clara e objetiva.
Seus valores e quantidades em relação ao produto são facilmente identificados.
Por exemplo: matérias-primas e embalagens.
Custos indiretos: são aqueles que não
se identificam com os produtos, portanto, não oferecem condição de medida clara
e objetiva em relação ao produto e necessitam de critérios de rateios para
serem alocados aos produtos. Por exemplo: salários de supervisores, lubrificantes,
EPIs, entre outros.
Despesa:
é todo o gasto realizado para o funcionamento da empresa, independente da
produção. Por exemplo: despesas administrativas – salários administrativos,
aluguel, luz, água, telefone, contador, pró-labore, etc. –, despesas comerciais
– impostos sobre vendas, salários comerciais, comissões, publicidade, etc.
Custos/despesas variáveis: são
aquelas que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas. Por
exemplo: matérias-primas, impostos sobre vendas, comissões, etc.
Custos/despesas
fixas: são aqueles que independem do volume de produção ou vendas. Por exemplo:
salários administrativos, aluguel, contador, pró-labore, etc.
Lucro desejável: o lucro representa a
remuneração do capital investido na empresa. Normalmente, é calculado com
percentual superior às aplicações financeiras disponíveis no mercado de baixo
risco. Assim, como todo negócio envolve riscos, deve-se esperar uma taxa de
retorno maior. Para o cálculo do preço de venda através de fórmulas, esse
percentual sobre o investimento é convertido em um percentual sobre o
faturamento.
Margem de contribuição: significa o
valor ou percentual do preço de venda com que cada produto contribui para a
absorção das despesas fixas, depois de deduzidos todos os custos e despesas
variáveis.
Ponto de equilíbrio: representa o
momento em que o faturamento da empresa cobre todos os custos e despesas fixas
e variáveis, mas não gerou nenhum lucro.
Estes
são apenas alguns aspectos que devem ser analisados ao estabelecer-se uma Política
de Preços para uma empresa industrial.
Analise
e melhore seus controles, elimine desperdícios, calcule seu preço e bons
lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43
9109-5345
Londrina - PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário