quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Preço de Venda na Indústria


Uma dúvida constante do empresário, principalmente na indústria é: será que podemos calcular nosso preço de venda apenas a partir de nossos custos internos? Com certeza, a resposta a essa pergunta é não, mas, sempre fica um certo desconforto. Com a facilidade dos nossos clientes pesquisarem preços e comparando qualidade, tanto dos produtos quanto do atendimento, essa definição está cada dia mais ligada ao preço de mercado. Ainda assim, é indispensável estabelecermos os preços calculados através dos custos, mas, é preciso ter a consciência de que esse cálculo servirá como um referencial para comparação com o mercado. Com essa constatação a apuração dos custos deve ser a mais técnica possível e nos dará um parâmetro para avaliarmos se nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos e, até definir, se estamos aptos a atuar nesse segmento.
            Para definirmos o preço de venda de produtos industrializados necessitamos conhecer os custos de produção e as despesas da empresa. Para tanto, vamos identificar e esclarecer alguns termos utilizados.
            Custo: é todo o esforço – gasto – realizado para se chegar ao produto final. Por exemplo: gastos com matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta e materiais de consumo utilizados no processo produtivo.
            Custos diretos: são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos e que possuem medida clara e objetiva. Seus valores e quantidades em relação ao produto são facilmente identificados. Por exemplo: matérias-primas e embalagens.
            Custos indiretos: são aqueles que não se identificam com os produtos, portanto, não oferecem condição de medida clara e objetiva em relação ao produto e necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos. Por exemplo: salários de supervisores, lubrificantes, EPIs, entre outros.
            Despesa: é todo o gasto realizado para o funcionamento da empresa, independente da produção. Por exemplo: despesas administrativas – salários administrativos, aluguel, luz, água, telefone, contador, pró-labore, etc. –, despesas comerciais – impostos sobre vendas, salários comerciais, comissões, publicidade, etc.
            Custos/despesas variáveis: são aquelas que variam proporcionalmente ao volume de produção ou vendas. Por exemplo: matérias-primas, impostos sobre vendas, comissões, etc.
Custos/despesas fixas: são aqueles que independem do volume de produção ou vendas. Por exemplo: salários administrativos, aluguel, contador, pró-labore, etc.
            Lucro desejável: o lucro representa a remuneração do capital investido na empresa. Normalmente, é calculado com percentual superior às aplicações financeiras disponíveis no mercado de baixo risco. Assim, como todo negócio envolve riscos, deve-se esperar uma taxa de retorno maior. Para o cálculo do preço de venda através de fórmulas, esse percentual sobre o investimento é convertido em um percentual sobre o faturamento.
            Margem de contribuição: significa o valor ou percentual do preço de venda com que cada produto contribui para a absorção das despesas fixas, depois de deduzidos todos os custos e despesas variáveis.
            Ponto de equilíbrio: representa o momento em que o faturamento da empresa cobre todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas não gerou nenhum lucro.
            Estes são apenas alguns aspectos que devem ser analisados ao estabelecer-se uma Política de Preços para uma empresa industrial.
            Analise e melhore seus controles, elimine desperdícios, calcule seu preço e bons lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43 9109-5345
Londrina - PR

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