“Tenho a forte
sensação, que pela variação dos custos e das despesas, eu deveria reajustar
todos os preços dos meus produtos, pois com o faturamento atual, estou com o
caixa cada vez mais apertado.”
Cuidado!!! Esta decisão pode provocar conseqüências ainda mais sérias para a empresa, pois poderá ocorrer uma significativa queda no volume vendido.
Antes
de tomar esta decisão, recomendamos uma análise sobre essa sensação, para
verificar o que de fato está ocorrendo e provocando esse aperto
de caixa.
Está
correto pensar que um reajuste nos valores das despesas e dos custos relativos
ao seu empreendimento, que não sejam repassados aos preços, poderão afetar sua
lucratividade e o caixa, caso não se consiga absorver esses aumentos com um
crescimento na quantidade produzida e comercializada, de forma sistemática.
No
entanto, o que temos percebido, é que em muitos casos, não existe por parte dos
empresários um comportamento rotineiro de monitoramento, avaliação e
mensuração dos custos e despesas reais ocorridos, ou seja, não utilizam
controles, planilhas que lhes permitam, conhecer a situação e tomar a decisão
necessária no momento certo.
E
isso não vem sendo aplicado, por desconhecimento ou esquecimento de conceitos e
técnicas, do como devem fazer, e quando não, por considerarem muito trabalhoso
e burocrático ter estes tais controles. Absorvidos nas atividades operacionais
esquecem-se de seu papel de gestores do empreendimento.
Para
administrar corretamente custos e despesas, é preciso antes de qualquer outra
coisa, ter conhecimento da atividade econômica que se explora, para que se
possa, pensar e planejar alternativas de,
realizando as mesmas tarefas, utilizar-se de menos recursos financeiros
e portanto diminuindo o montante dos custos e despesas.
É
comum nas empresas industriais e prestadoras de serviços, principalmente as de
pequeno porte, realizarem cálculos estimativos de consumo de matéria-prima,
insumos e mão-de-obra, atribuindo os respectivos valores de custos e
acrescentando a isto, uma parcela de valor relativo as despesas fixas, e desta
forma determinar o valor de custo total.
O
que não acontece em seguida, é o acompanhamento dos processos durante a
produção ou prestação de serviços, para averiguação dos consumos efetivos
de matéria-prima, insumos e tempo de mão-de-obra, assim como da medição da
quantidade que se produziu de fato ou do total de horas aplicadas
aos serviços. Por isso deixam de considerar fatores internos que afetam os
custos e, conseqüentemente, a situação
financeira e econômica da empresa.
Nas
empresas comerciais, os custos referem-se ao valor que se paga para obter as
mercadorias que serão vendidas, e aí, a melhor arma para a redução ainda é a
negociação no momento das compras, dimensionando corretamente o volume a ser
comprado e estocado, para que se tenha mais rapidez de giro, e assim manter o
caixa equilibrado.
Outro
ponto que destacamos, e refere-se tanto para a indústria, o comércio e o
prestador de serviços, é o controle das despesas, que são os valores gastos com
a estrutura da empresa, ou seja, salários e respectivos encargos, aluguel,
contador, telefone, pró-labore, manutenções, depreciações, etc.
Estas,
precisam ser mensalmente apuradas e analisadas e mais que isso, determinadas em
função da real e estrita necessidade da empresa, nada de gorduras
ou desperdícios. Considerando-se inclusive provisões mensais de valores gastos
apenas em certos períodos, como 13º salários, férias, contribuições, etc.
Uma
ressalva quanto ao pró-labore, que deve ser entendido, como remuneração paga ao
sócio da empresa, e que nesta trabalhe, isso não é lucro, e
portanto deve-se estabelecer um valor que seja apropriado para o caixa da
empresa e não pela necessidade do bolso dos administradores. Os sócios que não
trabalham para a empresa, não têm que ter retirada de pró-labore e sim, como
investidores que são, retirar parte do Lucro, como recuperação do capital
investido ou rendimentos, quando isso
for possível e de acordo com o planejamento estratégico da empresa. É um item
que acaba elevando consideravelmente o valor das despesas, por isso requer
atenção especial.
Alguns
tipos de gastos, também considerados despesas, como impostos sobre as vendas,
comissão de vendedores, taxa de administração de cartões de crédito e
financiadoras de vendas a prazo, royalties de franquias etc., reduzem
diretamente a margem de ganho sobre as vendas, pois seus valores são
definidos em função justamente do montante de vendas, e por isso, são
consideradas despesas variáveis e só ocorrem se existirem vendas, mas mesmo
assim é necessário, sempre, voltar a atenção para estes casos, procurando no
caso de impostos, possíveis enquadramentos tributários, que
permitam reduzir as alíquotas, estrategiar percentuais de comissões com metas
de vendas, negociar taxas financeiras e parcerias com as franquias.
Para
o correto cálculo de custos e despesas, é preciso apurar, separar e analisar
cada fato gerador desses valores, e estar sempre à procura de alternativas que
possibilitem, gastar menos e manter ou até mesmo melhorar a eficiência e
a qualidade conquistada.
Bons
negócios!!!
Sivaldo Dal-Ry
43 9109-5345/9805-2817
Londrina - PR
Londrina - PR
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