quinta-feira, 7 de abril de 2011

EDUCAÇÃO FINANCEIRA – PRINCIPAIS ASPECTOS

Um dos primeiros aspectos a considerar é que Educação Financeira não deve ser direcionada para o conhecimento de técnicas ou macetes de bem administrar dinheiro. Também não deve ser como um manual de regrinhas fáceis. O principal objetivo da Educação Financeira deve ser o de criar uma visão adequada e saudável sobre o dinheiro. Deve ter a perspectiva do longo prazo, monitoramento e persistência.

De uma forma geral a Educação Financeira deve contemplar quatro pontos:

1 - Ganhar dinheiro

O desafio é educar para o futuro, 15, 20, 30 anos. Com as transformações tão abruptas e complexas que acontecem atualmente, é necessário educar a nós mesmos e, em especial, as crianças para um mundo completamente diferente de como conhecemos e fomos educados. O mercado de trabalho que mal podemos imaginar como será. A nossa melhor alternativa para tanto é desenvolver o espírito empreendedor e estimular modos inovadores de raciocínio.

2 - Gastar dinheiro

Uma das primeiras lições a aprender e ensinar é diferenciar necessidade X desejo. É indispensável nos prepararmos para sermos capazes de diferenciar o "eu quero" do "eu preciso". Gastar em coisas que queremos é ótimo, divertido, saudável e é importante. Mas parte de nossas responsabilidades, como pais e educadores, é ensinar que, na vida, as necessidades vem em primeiro lugar.

3 - Poupar

Muitas são as razões para se aprender a poupar. A identificada com mais clareza é a da segurança. Embora seja correto é preciso levar em consideração algumas outras. Construir uma poupança cria disciplina, dá limite e ensina auto-respeito.

4 - Doar tempo, talento e dinheiro

É preciso ter consciência de que contribuir financeiramente com boas causas é importante, mas não é o principal. O ato de doar deve ser encarado como parcela da responsabilidade social que cabe a cada um de nós. É urgente que nos eduquemos para perceber que a solução dos principais problemas, nossos ou do país, não dependem exclusivamente do governo.

Acima de tudo, a Educação Financeira é um processo contínuo que nunca deve deixar de ser realimentado. Com nossos atos sobre assuntos financeiros devemos deixar transparecer que a responsabilidade social e a ética precisam estar sempre presentes no ganho e uso do dinheiro.

Tenha em mente que :

O Equilíbrio Financeiro não depende de quanto ganhamos, mas de como gastamos o que ganhamos

Sivaldo Dal-Ry

Consultor Empresarial

dalryconsultor@gmail.com

43 9109-5345

Londrina – PR

segunda-feira, 21 de março de 2011

GESTÃO DE CUSTOS E SUA INFLUÊNCIA NOS PREÇOS

“Tenho a forte sensação, que pela variação dos custos e das despesas, eu deveria reajustar todos os preços dos meus produtos, pois com o faturamento atual, estou com o caixa cada vez mais apertado.”

Cuidado!!! Esta decisão pode provocar conseqüências ainda mais sérias para a empresa, pois poderá ocorrer uma significativa queda no volume vendido.

Antes de tomar esta decisão, recomendamos uma análise sobre essa sensação, para verificar o que de fato está ocorrendo e provocando esse aperto de caixa.

Está correto pensar que um reajuste nos valores das despesas e dos custos relativos ao seu empreendimento, que não sejam repassados aos preços, poderá afetar sua lucratividade e o caixa, caso não se consiga absorver esses aumentos com um crescimento na quantidade produzida e comercializada, de forma sistemática.

No entanto, o que temos percebido, é que em muitos casos, não existe por parte dos empresários um comportamento rotineiro de monitoramento, avaliação e mensuração dos custos e despesas reais ocorridos, ou seja, não utilizam controles, planilhas que lhes permitam, conhecer a situação e tomar a decisão necessária no momento certo.

E isso não vem sendo aplicado, por desconhecimento ou esquecimento de conceitos e técnicas, do como devem fazer, e quando não, por considerarem muito trabalhoso e burocrático ter estes tais controles. Absorvidos nas atividades operacionais esquecem-se de seu papel de gestores do empreendimento.

Para administrar corretamente custos e despesas, é preciso antes de qualquer outra coisa, ter conhecimento da atividade econômica que se explora, para que se possa, pensar e planejar alternativas de, realizando as mesmas tarefas, utilizar-se de menos recursos financeiros e portanto diminuindo o montante dos custos e despesas.

É comum nas empresas industriais e prestadoras de serviços, principalmente as de pequeno porte, realizarem cálculos estimativos de consumo de matéria-prima, insumos e mão-de-obra, atribuindo os respectivos valores de custos e acrescentando a isto, uma parcela de valor relativo às despesas fixas, e desta forma determinar o valor de custo total.

O que não acontece em seguida, é o acompanhamento dos processos durante a produção ou prestação de serviços, para averiguação dos consumos efetivos de matéria-prima, insumos e tempo de mão-de-obra, assim como da medição da quantidade que se produziu de fato ou do total de horas aplicadas aos serviços. Por isso deixam de considerar fatores internos que afetam os custos e, conseqüentemente, a situação financeira e econômica da empresa.

Nas empresas comerciais, os custos referem-se ao valor que se paga para obter as mercadorias que serão vendidas, e aí, a melhor arma para a redução ainda é a negociação no momento das compras, dimensionando corretamente o volume a ser comprado e estocado, para que se tenha mais rapidez de giro, e assim manter o caixa equilibrado.

Outro ponto que destacamos, e refere-se tanto para a indústria, o comércio e o prestador de serviços, é o controle das despesas, que são os valores gastos com a estrutura da empresa, ou seja, salários e respectivos encargos, aluguel, contador, telefone, pró-labore, manutenções, depreciações, etc.

Estas, precisam ser mensalmente apuradas e analisadas e mais que isso, determinadas em função da real e estrita necessidade da empresa, nada de gorduras ou desperdícios. Considerando-se inclusive provisões mensais de valores gastos apenas em certos períodos, como 13º salários, férias, contribuições, etc.

Uma ressalva quanto ao pró-labore, que deve ser entendido, como remuneração paga ao sócio da empresa, e que nesta trabalhe, isso não é lucro, e portanto deve-se estabelecer um valor que seja apropriado para o caixa da empresa e não pela necessidade do bolso dos administradores. Os sócios que não trabalham para a empresa, não têm que ter retirada de pró-labore e sim, como investidores que são, retirar parte do Lucro, como recuperação do capital investido ou rendimentos, quando isso for possível e de acordo com o planejamento estratégico da empresa. É um item que acaba elevando consideravelmente o valor das despesas, por isso requer atenção especial.

Alguns tipos de gastos, também considerados despesas, como impostos sobre as vendas, comissão de vendedores, taxa de administração de cartões de crédito e financiadoras de vendas a prazo, royalties de franquias etc., reduzem diretamente a margem de ganho sobre as vendas, pois seus valores são definidos em função justamente do montante de vendas, e por isso, são consideradas despesas variáveis e só ocorrem se existirem vendas, mas mesmo assim é necessário, sempre, voltar à atenção para estes casos, procurando no caso de impostos, possíveis enquadramentos tributários, que permitam reduzir as alíquotas, estabelecer percentuais de comissões com metas de vendas, negociar taxas financeiras e parcerias com as franquias.

Para o correto cálculo de custos e despesas, é preciso apurar, separar e analisar cada fato gerador desses valores, e estar sempre à procura de alternativas que possibilitem, gastar menos e manter ou até mesmo melhorar a eficiência e a qualidade conquistada.

Bons negócios!!!


Sivaldo Dal-Ry

Consultor Empresarial

dalryconsultor@gmail.com

43 9109-5345

Londrina – PR

sexta-feira, 18 de março de 2011

ORÇAMENTO EMPRESARIAL. REALIDADE OU FICÇÃO ?

Antes de propor a resposta para esta questão é indispensável fazermos uma análise.
Para que um orçamento empresarial cumpra seu objetivo e torne-se assim uma ferramenta da realidade da empresa são indispensáveis algumas premissas, citamos as principais:
a) A empresa conheça, em detalhes, seu segmento de atuação e seus processos;

b) Existência de dados anteriores, confiáveis, para servirem de base às projeções;

c) Haja um permanente acompanhamento entre previsto/realizado de cada item;

d) Identificação e análise das causas de desvios e estabelecimento de ações para corrigi-los;
e) Administração compartilhada e não autoritária.

O orçamento empresarial, elaborado de forma técnica e fundamentada, funciona como direcionador dos rumos da administração da empresa servindo também para avaliar o cumprimento das metas e objetivos traçados.

Um orçamento empresarial contempla não só os fatores internos, inerentes aos planos e ações da empresa, como também os fatores externos, como política governamental, ações de fornecedores, concorrentes e clientes, e, nestes tempos de crise globalizada, da influência internacional.
O orçamento é importante para qualquer empresa, independentemente de seu tamanho e mercado de atuação. Ressaltamos os principais benefícios:
a) O orçamento, tanto na elaboração quanto no acompanhamento e avaliação, é um instrumento voltado ao futuro e, consequentemente, faz com que o empresário esteja sempre com seus planos e ações direcionadas à frente;

b) O orçamento estabelece metas e objetivos claros e normatiza a avaliação do desempenho de cada setor e da empresa como um todo;

c) O orçamento coordena os esforços de todos os segmentos da empresa para que os objetivos, nele traçados, possam ser atingidos.

Respondendo à pergunta do título concluímos que o orçamento será realidade na medida em que os desvios sejam devidamente corrigidos no decorrer de sua execução e que todos os responsáveis pela aplicação estejam empenhados, ao menos, em atingir suas metas e objetivos.

O sucesso do orçamento empresarial está baseado na flexibilidade e na capacidade para acompanhar a mudanças, no permanente acompanhamento das ações previstas e realizadas e na capacidade de compartilhar as informações. Desta forma ele torna-se, realmente, uma ferramenta de negócios ágil e dinâmica, alavancando o sucesso do empreendimento.
Estamos chegando ao segundo trimestre de 2011. Revise seu orçamento e bons lucros!

Sivaldo Dal-Ry

Consultor Empresarial

dalryconsultor@gmail.com

43 9109-5345

Londrina – PR

terça-feira, 22 de junho de 2010

ATRASO OU INADIMPLÊNCIA

A inadimplência é medida e, consequentemente, divulgada de diversas formas, isso faz com que existam números muito divergentes quando consideramos médias nacionais. Embora não seja utilizado por muitos o parâmetro ideal é que até 30 dias depois do vencimento é atraso e após 31 dias é inadimplência.
Se você medir os índices no dia seguinte ao vencimento o número pode até ultrapassar os 60%.
Independentemente de receber de seus clientes a empresa precisa cumprir com suas obrigações junto a fornecedores, funcionários, impostos e outros custos que não podem deixar de ser pagos.
Diante desse raciocínio entendemos que quando divulgam números de 20% ou 30% de inadimplência, certamente estão incluindo os atrasos. Caso contrário, como conseguiriam sobreviver ?
Ainda que o atraso seja pequeno, temos que agir rapidamente. Não é possível que alguém deixe de honrar um compromisso assumido e posteriormente pague como quiser, sem correção alguma. Isso é um encorajamento ao não pagamento em dia. Vantagens mil para os inadimplentes e para os adimplentes sequer um “muito obrigado pela pontualidade”.
Recomendamos que se deixe de lado a passividade e se passe a agir com base nos instrumentos e meios possíveis, até que para o inadimplente, dever seja uma desvantagem, não um benefício.
Voltando ao título recomendamos
“ Venceu? Cobre! “ Não se preocupe com a conceituação, parta para a ação.
Quanto mais rápido se cobrar, maiores serão as chances de se receber.
Quem um devedor paga primeiro ? Aquele que primeiro cobra e mais o incomoda. Encare a situação, enfrente, combata, coloque-se disponível para ajudar aquele que tem interesse em pagar e precisa de uma ajuda para achar um caminho. E para o que quer dificultar use, respeitando o Código de Defesa do Consumidor, seus mecanismos de pressão, telefonemas, cartas, SPC, SERASA etc.
Com uma boa política de concessão de Crédito e uma adequada ação de cobrança a maioria de seus clientes honrará seus compromissos. Reveja seus critérios, treine seu pessoal e bons lucros !

Outros artigos também em:
http://www.administradores.com.br/home/sivaldo_dal_ry/artigos/

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
dalryconsultor@gmail.com
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DAL RY, Assessoria, Consultoria & Treinamento
Londrina – PR