Administrar as
finanças da empresa engloba uma grande quantidade de ações que, por serem
complexas, nem sempre são adequadamente atendidas. Todas, sem discriminação,
merecem muita atenção e exigem conhecimento de Informática, Matemática
Financeira, Contabilidade, Administração, Economia, Relações Humanas, etc. O Gestor
deve ter uma visão geral da empresa para que possa enxergar todos os setores, a
interação entre eles, criar e acompanhar controles internos eficientes e
eficazes para se antecipar aos futuros problemas. Deve evitar agir como um
bombeiro, ou seja, resolvendo os problemas depois deles surgirem, deve, e sim, monitorar
os controles, antecipando-se aos problemas para que os mesmos não surjam ou,
quando surgirem, não se tornem tão complexos a ponto de não resolvê-los num
curto espaço de tempo. As atividades mais importantes neste aspecto são Gestão
de Tributos, a Formação do Preço de Venda, a Auditoria, o Controle das Contas a
Pagar, o Controle das Contas a Receber, o Controle das Aplicações Financeiras –
Investimentos, Estoques e Equipamentos, o Controle dos Saldos Bancários, a Administração
do Fluxo de Caixa, a Análise e Acompanhamento das Demonstrações Financeiras, e
tantas outras atividades não menos importantes do que as citadas.
O
conhecimento sobre as legislações dos tributos que incidem sobre as operações
da empresa é de fundamental importância e faz com que a GESTÃO DE TRIBUTOS seja
uma constante preocupação do Gestor. É indispensável uma análise sobre qual a
melhor forma de tributação para a empresa Lucro Real, Lucro Presumido ou ainda
a opção pelo SIMPLES. Para as pequenas e médias empresas o bom relacionamento
com seu contador é fator primordial neste aspecto.
Outro
ponto é o cuidado para a FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA dos produtos ou serviços.
Saber precificar corretamente é transferir o custo efetivo do produto ou
serviço, a carga tributária e as outras despesas variáveis, como comissões,
frete entrega, etc., de forma que a margem de contribuição seja suficiente para
cobrir os custos da estrutura da empresa e ainda gerar lucro. A política de
descontos e promoções, também deve passar pela avaliação do Financeiro para que
se saiba até quanto a empresa poderá chegar.
A
realização de AUDITORIAS nos diversos setores que estão sob sua supervisão é
indispensável para verificar se os setores estão observando as normas
operacionais da empresa. Essas auditorias verificaram se os controles internos
estão atualizados e adequadamente efetuados. É preciso determinar metas percentuais
a serem atingidas pelos setores, tais como percentagens máximas de perdas nos
estoques com programação de redução, limites de perdas com devedores duvidosos,
prazos máximos nos atrasos das contas a receber, auditoria periódica na
tesouraria, etc.
O
setor de CONTAS A PAGAR merece total atenção, pois se trata de uma programação
de pagamentos, os quais foram negociados com fornecedores, bancos e outros
credores, e que devem ser honrados. Caso falte com o compromisso, a credibilidade
da empresa ficará em comprometida. Outro detalhe muito importante é acompanhar
o ciclo operacional da empresa, através do prazo médio de pagamentos a
fornecedores e o prazo médio de recebimento que é concedido aos clientes nas
vendas a prazo mais o giro do estoque.
O
setor de CONTAS A RECEBER exige uma atenção especial porque as finanças da
empresa são oxigenadas pelas vendas e estas se traduzem em vendas à vista e a
prazo. Vivemos num mercado que busca cada vez mais competitividade. De um lado
os concorrentes e de outro os clientes. Na
briga pelos clientes os concorrentes fazem de tudo para conquistá-los e a
empresa deve estar preparada para entrar nesta briga com promoções, descontos,
concessão de crédito, prazos elásticos, juros menores, brindes etc. Uma
política bem administrada de expansão de crédito poderá alavancar o saldo das
contas a receber, porém, quando realizada de forma amadora, afrouxando-se as
rédeas da concessão nos créditos, poderá causar muito estrago nas finanças da
empresa ocasionando, inclusive, a falência.
O
controle das APLICAÇÕES FINANCEIRAS é outro item que deve ser muito bem
administrado pelo Financeiro, objetivando auferir as melhores taxas do mercado
em instituições financeiras saudáveis e sólidas. É preciso analisar também se,
estas aplicações, caso colocadas internamente na empresa em estoques,
equipamentos ou financiamento de clientes não trará melhores resultados que os
obtidos nas instituições financeiras. É importante que a empresa tenha reservas,
mas estas não podem comprometer o seu funcionamento normal.
O acompanhamento e atualização dos SALDOS
BANCÁRIOS deverão ser diários através da conciliação bancária, onde serão
cruzados os valores do registro financeiro com os valores do extrato bancário.
Dessa forma o saldo estará sempre atualizado e o Financeiro saberá quais recursos
poderá utilizar.
A
correta ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA proporcionará um controle altamente eficiente
para se administrar entradas e saídas de recursos. Este controle mostrará
quando a empresa ficará com o saldo negativo e com isso, o Gestor poderá se
antecipar e tomar as medidas cabíveis para que, naquela data, o saldo esteja
positivo. Dentre as medidas pode-se destacar a venda de um imobilizado, injeção
de capital próprio, prorrogação do prazo de pagamento de fornecedores,
promoções que visem arrecadação de recursos ou empréstimos bancários. O fluxo
de caixa deve ser projetado por dia ou para um, dois, três ou seis meses, dependendo
da especificidade da movimentação da empresa. Quando projetado para um ano,
chamamos de orçamento de caixa.
A ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS é uma tarefa fundamental do Gestor. Através desta análise que é
feita em cima de índices de solvência, endividamento, rentabilidade e
lucratividade, este profissional interpreta os resultados obtidos pela empresa
e orienta as tomadas de decisões. Estas demonstrações indicam onde foi que
esteve mal ou bem, onde deve melhorar, se o esforço que a empresa fez
operacionalmente teve o retorno esperado, etc. Sem dúvida a análise das
Demonstrações Financeiras dará uma visão ampla da saúde financeira do
empreendimento podendo, inclusive, os resultados obtidos serem comparados aos
resultados de mercado, servindo de parâmetro para as decisões futuras.
Em resumo, os desafios que o Gestor enfrenta
no dia-dia para são muitos e requerem uma dedicação e disciplina profissional e
uma visão geral da empresa, de maneira a enxergá-la no todo em cada momento.
Enfim, administrar as finanças de uma empresa
é um tremendo desafio!
Prepare-se e boa gestão
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
4 3 9109-5345
Londrina -PR
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