quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A DIFÍCIL ARTE DE ADMINISTRAR AS FINANÇAS


            Administrar as finanças da empresa engloba uma grande quantidade de ações que, por serem complexas, nem sempre são adequadamente atendidas. Todas, sem discriminação, merecem muita atenção e exigem conhecimento de Informática, Matemática Financeira, Contabilidade, Administração, Economia, Relações Humanas, etc. O Gestor deve ter uma visão geral da empresa para que possa enxergar todos os setores, a interação entre eles, criar e acompanhar controles internos eficientes e eficazes para se antecipar aos futuros problemas. Deve evitar agir como um bombeiro, ou seja, resolvendo os problemas depois deles surgirem, deve, e sim, monitorar os controles, antecipando-se aos problemas para que os mesmos não surjam ou, quando surgirem, não se tornem tão complexos a ponto de não resolvê-los num curto espaço de tempo. As atividades mais importantes neste aspecto são Gestão de Tributos, a Formação do Preço de Venda, a Auditoria, o Controle das Contas a Pagar, o Controle das Contas a Receber, o Controle das Aplicações Financeiras – Investimentos, Estoques e Equipamentos, o Controle dos Saldos Bancários, a Administração do Fluxo de Caixa, a Análise e Acompanhamento das Demonstrações Financeiras, e tantas outras atividades não menos importantes do que as citadas.
O conhecimento sobre as legislações dos tributos que incidem sobre as operações da empresa é de fundamental importância e faz com que a GESTÃO DE TRIBUTOS seja uma constante preocupação do Gestor. É indispensável uma análise sobre qual a melhor forma de tributação para a empresa Lucro Real, Lucro Presumido ou ainda a opção pelo SIMPLES. Para as pequenas e médias empresas o bom relacionamento com seu contador é fator primordial neste aspecto.
Outro ponto é o cuidado para a FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA dos produtos ou serviços. Saber precificar corretamente é transferir o custo efetivo do produto ou serviço, a carga tributária e as outras despesas variáveis, como comissões, frete entrega, etc., de forma que a margem de contribuição seja suficiente para cobrir os custos da estrutura da empresa e ainda gerar lucro. A política de descontos e promoções, também deve passar pela avaliação do Financeiro para que se saiba até quanto a empresa poderá chegar.
A realização de AUDITORIAS nos diversos setores que estão sob sua supervisão é indispensável para verificar se os setores estão observando as normas operacionais da empresa. Essas auditorias verificaram se os controles internos estão atualizados e adequadamente efetuados. É preciso determinar metas percentuais a serem atingidas pelos setores, tais como percentagens máximas de perdas nos estoques com programação de redução, limites de perdas com devedores duvidosos, prazos máximos nos atrasos das contas a receber, auditoria periódica na tesouraria, etc.
O setor de CONTAS A PAGAR merece total atenção, pois se trata de uma programação de pagamentos, os quais foram negociados com fornecedores, bancos e outros credores, e que devem ser honrados. Caso falte com o compromisso, a credibilidade da empresa ficará em comprometida. Outro detalhe muito importante é acompanhar o ciclo operacional da empresa, através do prazo médio de pagamentos a fornecedores e o prazo médio de recebimento que é concedido aos clientes nas vendas a prazo mais o giro do estoque.
O setor de CONTAS A RECEBER exige uma atenção especial porque as finanças da empresa são oxigenadas pelas vendas e estas se traduzem em vendas à vista e a prazo. Vivemos num mercado que busca cada vez mais competitividade. De um lado os concorrentes e de outro os clientes.  Na briga pelos clientes os concorrentes fazem de tudo para conquistá-los e a empresa deve estar preparada para entrar nesta briga com promoções, descontos, concessão de crédito, prazos elásticos, juros menores, brindes etc. Uma política bem administrada de expansão de crédito poderá alavancar o saldo das contas a receber, porém, quando realizada de forma amadora, afrouxando-se as rédeas da concessão nos créditos, poderá causar muito estrago nas finanças da empresa ocasionando, inclusive, a falência.
O controle das APLICAÇÕES FINANCEIRAS é outro item que deve ser muito bem administrado pelo Financeiro, objetivando auferir as melhores taxas do mercado em instituições financeiras saudáveis e sólidas. É preciso analisar também se, estas aplicações, caso colocadas internamente na empresa em estoques, equipamentos ou financiamento de clientes não trará melhores resultados que os obtidos nas instituições financeiras. É importante que a empresa tenha reservas, mas estas não podem comprometer o seu funcionamento normal.
O acompanhamento e atualização dos SALDOS BANCÁRIOS deverão ser diários através da conciliação bancária, onde serão cruzados os valores do registro financeiro com os valores do extrato bancário. Dessa forma o saldo estará sempre atualizado e o Financeiro saberá quais recursos poderá utilizar.
 A correta ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA proporcionará um controle altamente eficiente para se administrar entradas e saídas de recursos. Este controle mostrará quando a empresa ficará com o saldo negativo e com isso, o Gestor poderá se antecipar e tomar as medidas cabíveis para que, naquela data, o saldo esteja positivo. Dentre as medidas pode-se destacar a venda de um imobilizado, injeção de capital próprio, prorrogação do prazo de pagamento de fornecedores, promoções que visem arrecadação de recursos ou empréstimos bancários. O fluxo de caixa deve ser projetado por dia ou para um, dois, três ou seis meses, dependendo da especificidade da movimentação da empresa. Quando projetado para um ano, chamamos de orçamento de caixa.
A ANÁLISE E ACOMPANHAMENTO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS é uma tarefa fundamental do Gestor. Através desta análise que é feita em cima de índices de solvência, endividamento, rentabilidade e lucratividade, este profissional interpreta os resultados obtidos pela empresa e orienta as tomadas de decisões. Estas demonstrações indicam onde foi que esteve mal ou bem, onde deve melhorar, se o esforço que a empresa fez operacionalmente teve o retorno esperado, etc. Sem dúvida a análise das Demonstrações Financeiras dará uma visão ampla da saúde financeira do empreendimento podendo, inclusive, os resultados obtidos serem comparados aos resultados de mercado, servindo de parâmetro para as decisões futuras.
Em resumo, os desafios que o Gestor enfrenta no dia-dia para são muitos e requerem uma dedicação e disciplina profissional e uma visão geral da empresa, de maneira a enxergá-la no todo em cada momento.
Enfim, administrar as finanças de uma empresa é um tremendo desafio!
Prepare-se e boa gestão

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
4 3 9109-5345
Londrina -PR

terça-feira, 9 de outubro de 2012

FINANÇAS DA EMPRESA – PONTOS ESSENCIAIS


Controlar as finanças adequadamente não é uma opção para os empresários, é uma obrigação. Conhecer, controlar e avaliar bem os números do seu negócio ajuda a minimizar falhas e encontrar caminhos para crescer com mais força. Em especial conhecer quanto e onde estão os gastos e quais produtos tem uma margem de contribuição melhor individualmente ou pela quantidade vendida.
Elencamos três pontos que identificam como os empresários lidam com as finanças do negócio.
1. O Pro Labore dos sócios é compatível com os resultados da empresa ?
O fato de ser dono da empresa não significa retirar dinheiro do caixa de acordo com o desejado por si ou pela família. Para que este item não acabe sendo prejudicial para a saúde financeira da empresa recomendamos que seja composto por duas formas de retirada.Um valor fixo como pro labore e distribuição de lucros, sendo que esta parte apenas se a empresa apresentar lucro. Deve ser feita uma avaliação trimestral, semestral ou anual, conforme determinar-se a periodicidade dessa distribuição. Lembramos que o pro labore deve acontecer apenas para quem realmente participa da operação do negócio.
2. Você conhece os resultados de sua empresa ?
É indispensável conhecer como suas ações interferem nos resultados de sua empresa. Lembramos que lucratividade apenas acontece com resultados positivo e é o resultado líquido em relação às vendas. Para calculá-la, é preciso conhecer os dados econômicos da empresa, apresentados na Estrutura Gerencial de Resultados. Recomendamos que esse cálculo seja efetuado mensalmente e no regime de competência, ou seja, considerando sempre a origem dos fatos e não apenas o momento de seu recebimento ou pagamento. Não podemos deixar de diferenciar, nesse cálculo, o que é operacional, extra operacional e investimentos, pois existem muitas empresas que são lucrativas em seu operacional, mas, o custo com financiamento de Capital de Giro e/ou de Investimentos transformam resultados positivos em negativos.
3. E a rentabilidade da empresa ?
Rentabilidade é um indicador do desempenho de um negócio e mede o potencial de retorno em relação ao investimento feito na empresa. Se você não sabe esse número, basta dividir o lucro pelo valor do Patrimônio Líquido da empresa. Esse resultado, em percentual, possibilita saber se a empresa está dando retorno como o esperado e avaliar se é preciso fazer mudanças. Esse índice deve ser comparado com o custo de oportunidade, ou seja, qual seria o retorno do Patrimônio Líquido se investido em outras atividades ou mesmo no mercado financeiro.
É claro que apenas estes três pontos não esgotam toda visão de administração da empresa, mas, permitem uma rápida avaliação e possibilita efetuarem-se alterações para melhoria de resultados.
Avalie e ajuste estes pontos em sua empresa e bons lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43 9109-5345
Londrina – PR

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA


O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço, o custo da estrutura da empresa e ainda proporciona o retorno desejado pela empresa.
Num mercado competitivo os preços são formados pela lei da oferta e procura. Então, é indispensável comparar o nível de preço no mercado para seu produto ou serviço e aqueles definidos a partir de seus custos e expectativa de lucro.
Em alguns casos, situações temporárias do mercado permitem que uma empresa pratique seu preço ideal de venda obtendo a lucratividade desejada.
 A metodologia dominante de formação de preços consiste na aplicação de um percentual (taxa de marcação) sobre o custo de produção ou operação. O percentual da taxa de marcação é geralmente aplicado sem um embasamento mais profundo. Pode ser uma imitação do líder setorial, decisão administrativa, tradição etc. Esse procedimento acarreta uma rentabilidade efetiva menor ou maior do que a acreditada.
Quando a rentabilidade efetiva é menor do que a calculada, há perda de eficiência. No caso de rentabilidade efetiva maior, a empresa experimenta, algum tempo depois, uma perda progressiva de mercado. Raramente uma empresa consegue manter lucros excessivos em longo prazo.
O passageiro excesso de rentabilidade de uma empresa normalmente eleva seus custos de produção, pois, em função de uma rentabilidade alta é comum relevar-se a sistemática reavaliação de custos em relação ao mercado. Quando um concorrente, com melhor produtividade ataca o mercado dessa empresa com retorno excessivo, esta pode ter dificuldades para reagir. É provável que produtos e serviços deficitários estejam sendo subsidiados por aqueles com rentabilidade excessiva. Isto dificulta a rápida reação ao concorrente.
Erros na formação de preços
A formação de preços pode ser definida como o processo de apuração do custo econômico do produtor. Define-se custo econômico com sendo a soma de todos os insumos – inclusa aí a mão de obra direta - envolvidos no processo de produção de bens e serviços, incluindo o custo-oportunidade do capital investido. Este último raramente considerado nos cálculos da pequena e média empresa.
O método de formação de preço com base no taxa de marcação sobre o custo difere daquele baseado no conceito de custo econômico. Aquele consiste na apuração do custo de produção ou operação sobre o qual é aplicado a taxa de marcação desejada.
No cálculo do custo de produção ou operação há uma distorção causada tratamento dispensado aos custos indiretos e também pelo uso da depreciação linear, ou, pior ainda, a prática de ignorar o custo com depreciação, fato muito comum nas pequenas e médias empresas.
Em resumo, o método ideal e tecnicamente correto para formar ou, ao menos, para analisar preço é o do retorno sobre o investimento. É óbvio que para que essa análise seja possível a empresa e seus administradores precisam conhecer adequadamente o mercado onde atuam e obter de seus registros econômico-financeiro dados precisos e atualizados para uma a avaliação com base em informações e não apenas intuitivas.
Bons controles e análises são ferramentas ideais para a boa gestão de preços e lucros.
Mãos à obra e bons lucros.
Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
43 9109-5345
Londrina - PR

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dicas para manter uma boa Gestão Financeira de sua empresa.


Em épocas de instabilidade financeira, como a que estamos enfrentando atualmente, é muito comum as empresas, em especial as pequenas, passarem por dificuldades econômico-financeiras. Seguem alguns cuidados que sempre devem estar em destaque na agenda de seus administradores.
• Elaborar e manter os relatórios gerenciais (controles econômico-financeiros) sempre atualizados;
• Acompanhar periodicamente os indicadores financeiros;
• Manter os estoques em níveis compatíveis com o volume de vendas. Evitar os excessos de compras;
• Fuja sempre que possível de desconto de cheques pré-datados, duplicatas e antecipação de cartões, evitando assim o aumento das despesas financeiras;
• Mantenha um controle permanente das despesas fixas, procurando mantê-las compatíveis com a capacidade da empresa;
• Determine valor e data fixos para pagamento do seu pró-labore, limitando seu valor dentro das possibilidades da empresa;
• Peça orientações ao seu contador sobre o melhor enquadramento tributário da sua empresa, visando reduzir a carga tributária;
• Adote políticas de formação de preços de venda, que mantenham a empresa competitiva, porém sempre pensando na rentabilidade do negócio;
• Sempre que fizer propaganda, análise a relação benefício/custo da mesma para os negócios da empresa;
• Evite os descasamentos de prazos entre os pagamentos e recebimentos;
• Procure adotar critérios seguros e adequados para liberar o crédito nas vendas a prazo, prevenindo, assim, o aumento da inadimplência;
• Não se esqueça de que as três principais áreas de sua empresa são: Compras e Estocagem, Vendas e Marketing e Administração e Finanças.
• Normalmente os problemas financeiros são decorrentes da falta de planejamento, organização, liderança e controle nas atividades empresariais de compras, estocagem e vendas.
         Não esqueça que diante de qualquer problema a  pior  atitude é nada fazer.
         Identifique suas dificuldades, avalie as possíveis causas, trace um plano para enfrentá-las e bons lucros.

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
Londrina - PR

segunda-feira, 2 de julho de 2012


FLUXO DE CAIXA – SAIBA MAIS
É muito comum ouvirmos dos empresários, dúvidas sobre as finanças da empresa. E finanças, como sabemos, é fundamental para a sustentação de um negócio, tanto para a sua sobrevivência como para sua evolução, competitividade.
Geralmente as dúvidas mais comuns são sobre O QUE FAZER para que a gestão financeira torne-se eficiente e sirva de instrumento básico nas tomadas de decisões.
O Fluxo de Caixa é o controle que auxilia na visualização e compreensão das movimentações financeiras num período preestabelecido. A grande utilidade é prever sobras ou faltas de caixa antes que ocorram, possibilitando ao empresário planejar melhor suas ações.
Na verdade, toda ação realizada por uma empresa resume-se a entrada ou saída de dinheiro! É nessa movimentação de dinheiro que o Fluxo de Caixa mostra sua importância, pois ajuda a perceber, com antecedência, quanto e quando vai faltar ou sobrar recurso.
Os momentos de escassez de crédito, altas taxas de juros, queda do faturamento, entre outros, exigem do empresário uma gestão financeira cada vez mais eficiente. Sendo assim torna-se necessário utilizar controles financeiros que permitam conhecer com mais eficiência os recursos de caixa.
Objetivo do relatório de Fluxo de Caixa.
• Planejar e controlar as entradas e saídas de caixa num período de tempo determinado.
• Verificar se a empresa está trabalhando com aperto ou folga financeira no período avaliado.
• Verificar se os recursos financeiros são suficientes para tocar o negócio em determinado período ou se há necessidade de obtenção de capital de giro.
• Planejar melhores políticas de prazos de pagamentos e recebimentos.
• Avaliar a capacidade de pagamentos antes de assumir compromissos
• Conhecer previamente (planejamento estratégico) os grandes números do negócio e sua real importância no período considerado.
• Avaliar se o recebimento das vendas é suficiente para cobrir os gastos assumidos e previstos no período considerado.
• Avaliar o melhor momento para efetuar as reposições de estoque em função dos prazos de pagamento e da disponibilidade de caixa.
• Avaliar o momento mais favorável para realizar promoções de vendas visando melhorar o caixa do negócio.
Para elaborar e gerenciar o relatório de Fluxo de Caixa
• Seja disciplinado!  Registre todo movimento financeiro ocorrido e a ocorrer em sua empresa, por dia, no período. 
• No início do dia, verifique, analise e registre saldo em dinheiro em caixa e os saldos bancários.
• Todos os valores lançados no Fluxo de Caixa devem ser realistas. Para isso é necessário manter as entradas e saídas sempre atualizadas.
• Ao lançar saídas, lembre-se que praticamente todos os compromissos têm data certa para serem pagas que, não sendo atendidas ocasionam multas e juros de mora.
• Defina, de acordo com a disponibilidade de caixa, qual a data mais oportuna para efetuar retiradas pessoais (pro labore).
• A comparação da coluna do realizado com a coluna do previsto de demonstra o grau de acerto nas previsões.
• Todo negócio sofre influências de temporadas (sazonalidade), tenha muita atenção com o planejamento de suas despesas a fim de evitar insuficiência de caixa.
• Quando o Fluxo de Caixa se apresenta negativo por períodos consecutivos, é sinal que seu negócio possui algum problema que deve ser identificado no menor período de tempo.
Por essa breve abordagem já se percebe a utilidade dessa ferramenta simples e prática pode oferecer ao seu negócio.
Agora, mãos à obra!
Faça seu Fluxo de Caixa e veja no dia-a-dia das finanças da sua empresa o caminho correto para a tomada de decisões.

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
Londrina PR

domingo, 10 de junho de 2012


GESTÃO FINANCEIRA – PONTOS IMPORTANTES
O pequeno ou médio empresário preocupa-se, com razão, em vender cada vez mais, mas, quase sempre, falta tempo para, também avaliar o seu desempenho.
A velocidade dos fatos e seus reflexos na economia de uma forma geral interferem com menor ou maior intensidade no dia-a-dia das empresas e é indispensável estar atentos e preparados para agir e reagir.
            Vejamos alguns pontos que, se não forem bem cuidados, causarão problemas para as empresas e que podem até comprometer a sua sobrevivência:
Custos
            Podemos classificá-los, de uma forma genérica em Custos Administrativos, ou mais comumente chamados de Custos Fixos e Custos Diretos ou Custos Variáveis. Os Diretos variam de acordo com o volume de vendas. Já os Custos Administrativos referem-se aos custos operacionais, da estrutura da empresa. É neles que, geralmente, encontramos os maiores problemas. Caso não sejam bem geridos e mensurados poderão comprometer a sobrevivência da empresa. É indispensável então o seu acompanhamento constante procurando reduzi-los sem, entretanto prejudicar a operacionalidade da empresa.
Preços
            Outro ponto que pode comprometer os resultados é a formação de preços dos seus produtos ou serviços. Há muitas empresas que, por desconhecerem os componentes de custos ou até mesmo as técnicas adequadas, formam seus preços atribuindo um percentual aleatório sobre os custos de seus produtos acreditando, com esse valor, obter o lucro desejado quando na realidade, em muitos casos, não cobrem sequer seus custos operacionais gerando assim, na realidade, prejuízos em vez do lucro pretendido.
Capital de Giro
            O capital de giro para a empresa é comparado ao sangue para o organismo humano. Se o volume for insuficiente haverá a necessidade de se buscar recursos junto a terceiros, normalmente no mercado financeiro, transferindo, desta forma, boa parte ou até mesmo a totalidade dos seus resultados aos seus financiadores como custo financeiro.
                        Desencontro entre Ciclo operacional e Financeiro
            O ciclo operacional da empresa é composto pelos prazos decorridos entre a compra do produto e o do recebimento da venda efetuada. Já o ciclo de caixa é relativo ao tempo decorrido entre a data do pagamento ao fornecedor e o recebimento da venda. Caso a empresa compre com prazo curto e concede prazos superiores aos concedidos pelos fornecedores para seus clientes pagarem, necessitará mais capital de giro para poder cobrir a falta de recursos. Se a empresa não possuir recursos necessários terá que buscá-los no mercado financeiro transferindo grande parte do seu lucro aos financiadores.
Inadimplência
A falta de uma política de crédito adequada provoca a concessão insegura nas vendas a prazo. Muitos empresários no afã de aumentar as vendas não estabelecem os critérios apropriados, deixando de minimizar os riscos de inadimplência assim como descuidam de obter as garantias necessárias o que poderia evitar a grande maioria dos sinistros de crédito e o consequente prejuízo.
Pro Labore e Retiradas incompatíveis
Há duas formas de se remunerar os sócios de uma empresa. O pró-labore é o salário que o dono recebe por trabalhar no negócio. Já a distribuição de lucros equivale à remuneração do investidor, quer ele trabalhe ou não na organização. Também chamado de dividendos, o recebimento desse valor é a forma de o empreendedor ser compensado por ter seu capital empatado na firma e por ter assumido os riscos do empreendimento. Muitas vezes os empresários exageram no valor do Pro Labore aumentando significativamente o Custo Administrativo da empresa dificultando a formação de preços competitivos e/ou obtenção de resultados positivos. Esquecem que, se prejudicarem a empresa terminam prejudicando-se a si próprios.
            Compras e Giro dos Estoques
A gestão de estoque bem feita é de extrema importância para evitar perda de investimentos pois, errar na compra acarretará um prejuízo maior do que a maioria dos administradores imaginam. Na gestão de estoques existe um ciclo com três planejamentos e errar em qualquer um deles acaba gerando uma cadeia de erros, esse ciclo é formado da seguinte maneira: Planejamento de Estoques, Planejamento de Vendas e Planejamento de Compras.
Estes são apenas alguns pontos onde problemas financeiros ocorrem nas empresas, em especial nas micro e pequenas. É responsabilidade dos gestores obter as informações e meios para melhor administrar os recursos de suas empresas adequando-as para a utilização dos Controles Financeiros e na tomada de decisões adequadas quanto a: compras, vendas, custos, concessão de crédito e todas as demais atividades operacionais.
            Somente com uma gestão adequada e muito controle financeiro é que se poderá alcançar bons resultados e manter a saúde financeira da empresa permitindo seu crescimento permanente.
                                  
SIVALDO DAL-RY
ECONOMISTA – CONSULTOR EMPRESARIAL
43 9109-5345
LONDRINA - PR

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Nova poupança
A "nova" poupança, com as mudanças que começam a partir de hoje, trará um rendimento menor caso os juros caiam, mas manterá seu ganho quando comparado com outros tipos de investimentos de renda fixa atrelados aos juros. Assim como acontecia antes da mudança anunciada ontem, a caderneta irá render, em geral, mais que os fundos de renda fixa atrelados à SELIC e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), mas terá desempenho menor que o Tesouro Direto, justamente o objetivo do Governo com essa mudança.
A partir de hoje, 04 de maio de 2012, a remuneração da poupança para novos depósitos será atrelada à SELIC sempre que a taxa de juros for menor ou igual a 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 9%. Como a intenção do Governo é baixar os juros, a poupança começará a ter um retorno menor do que o atual. Assim, todos os novos aplicadores na caderneta ganharão menos do que os antigos. Ao mesmo tempo, os rendimentos das demais aplicações atreladas ao juro básico, como o CBDs, as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) e fundos de renda fixa indexados ao juro básico, também serão reduzidas.
Para quem já tem dinheiro aplicado na poupança, ainda vale a regra antiga, cuja remuneração é independente da SELIC (0,50% ao mês + taxa referencial). Para estes poupadores, vale a pena deixar o dinheiro como está, pois em um cenário de juros abaixo de 8,5%, todas as demais aplicações começam a pagar menos, e ele terá o melhor retorno na comparação com o Tesouro Direto, o CDB e os fundos de renda fixa. Mas atenção para um detalhe. Caso faça novos depósitos na mesma conta, estes novos depósitos, passarão a ter a remuneração pela regra nova e, tudo indica que, cada saque feito nessa conta será primeiro descontado do valor remunerado pela regra anterior.
Já para o investidor que pretende começar a aplicar, a poupança continuará com o mesmo retorno enquanto o juro estiver a 9% ao ano. Quando a SELIC chegar a 8,5%, ou menos, a remuneração vai cair, mas ainda assim a aplicação será mais interessante do que o CDB e os fundos de renda fixa atrelados aos juros. Vai valer a pena procurar outros tipos de investimentos, como títulos do governo atrelados a inflação ou outras modalidades de fundos. Quem tem dinheiro nos fundos de renda fixa atrelados aos juros pode passar para o Tesouro Direto, pois, essa aplicação continuará sendo mais vantajosa para os investidores, justamente o objetivo do governo ao anunciar estas novas regras. Com isso, os juros podem ser baixados e os investidores continuam sendo atraídos pela rentabilidade dos títulos do governo.
            Ainda teremos que avaliar adequadamente os reflexos desta nova regra, mas, é importante avaliar caso a caso embora, em princípio, a poupança, mesmo com as alterações efetuadas, continue sendo a aplicação mais indicada para os pequenos poupadores.
            Lembre-se é preciso poupar para ter uma tranquilidade no futuro. Continue preparando seu futuro.

Sivaldo Dal-Ry
Consultor Empresarial
Londrina - PR